REDESCOBRIDORES DA ALMA!

domingo, 25 de outubro de 2015

Vício By Patrícia Pinna






Vicio-me no que é bom, não desgrudo, sugo
Minh'alma é toda a poesia dos boleros
Quando fecho os meus olhos vendo a dança
Sentindo a música chamando-me inebriante
Como o aroma das rosas, pétalas sedutoras
Na imaginação da mente, crente que diminuto
É o calor do corpo, iludiu-se!

Ele é um vulcão dos mais potentes, plena erupção
Pronto, me perdi, pequei, ou será que me achei
Vendo a lua, a tendo como amante, suspirante
Apaixonada e apaixonante?

Criança solta na beira do mar, descalça, desnuda
Menina-mulher atemporal, sem geografia
Numa simetria deslumbrante como o vento a rodopiar
Embelezar, esvoaçando as madeixas curtas
Beijando o suave olhar tateando, decifrando as curvas rubras
Macias e carnudas num espetáculo exorbitante
Onde não há cena para deixar-se domar

Eis  o que é avassalador, no entanto não provoca dor
Um abraço,um beijo, algo sem denominação, canção
Uma quietude nas falas, uma liberdade seja no que for
Envolvente, perto, único e distante, iluminado sem tensão!


Autoria: Patrícia Pinna
Imagem: Internet
Vídeo: You Tube



domingo, 18 de outubro de 2015

O Que Restou? By Patrícia Pinna



Quando acaba o amor fica a dor
De uma frustração, dias de solidão
Ausência de doação, da plenitude do olhar
Belos sorrisos a iluminar, sol forte
Raio alucinando a tez, mar em calmaria
Aurora resplandecente no aroma de flores e jardins
Coloridos  e envaidecidos!

Resta o cinza, a presença de um mormaço cortando o céu
Sem arco-íris, inefável monotonia, o avesso do que fomos
E sonhamos nós um dia, pedras com musgos
Não raras de vislumbrar, esbarrar e tropeçar

O diálogo não é vívido, lugar comum, ao longe, tão longe...
Lembranças em um baú ao canto de uma parede qualquer
Resta um móvel, uma poltrona, uma rede
Objetos decorativos, sem intenções criativas, imaginativas

Sobrou uma cama morta, expressão enfadonha, tristonha
E um devaneio vagueia no querer atual
Nada é magistral em sua realização
Décadas formam um laço, difícil desate
Talvez um pouco de tranquilidade alimente os nós
Tornando o amor em uma quimera
Uma rotina traduzida em respeito, amizade, quiçá,uma saudade!

Autoria: Patrícia Pinna
Imagem: Internet
Vídeo: You Tube



sábado, 10 de outubro de 2015

Diálogo Com Chronos By Patrícia Pinna



Absorta, fica a contemplar Chronos 
Em uma sequência natural e impiedosa
Nada pode fazer para que ao seu apogeu volte
E desabafa com ele como se fora íntimo amigo

Percebe-se muito mais exigente, sente-se mais triste
Com as marcas vagarosas a cada nascer do Sol
Instaladas em seu tenro olhar,em seu seio, suas mãos  
E um peso em seu dorso

Banha-se em leite, quer rejuvenescer
Trazer o frescor para a sua alva pele
Adorna-se com seu batom predileto, cor carmim
Quer causar frenesi, ao menos para si

Enfeita seu lóbulo com um par de brincos
Para disfarçar seu receio em desnudar-se          
Colore os olhos para ludibriar as rugas, outrora inexistentes
Sente-se insegura, sentimento cada vez mais frequente
E com seu coração puro desenhado de candura
Teme que seu amado não mais a deseje, aprecie 
Rendendo-se ele aos encantos juvenis, o que faria ela?
A quem doaria o seu amor, seu prazer?

Atentamente Chronos a escuta
E vê tanta coisa de menina em uma mulher
Notória confusão em quem ainda não formou conceitos e ri
-Para que isso, mulher?
És tão linda, sua essência é a sua jovialidade, seu espírito imortal
Suas marcas são bênçãos da vida para ti
E inefável teu sentir, poder que tens inteiramente em si
Viva em gratidão,repele  a contramão e siga tão somente!


Autoria: Patrícia Pinna
Imagem: Internet
Vídeo: You Tube